Autor: José Arnaldo de Almeida Lopes.

:: COMO AVALIAR OS PREÇOS DE SEUS MODELOS ::

Na hora da venda ou troca de um modelo, alguns colecionadores não sabem ao certo o valor real de suas peças. Infelizmente, essa tabela de modelos em escala não aparece na página central de jornais e revistas espalhadas por todo país, como é o caso dos modelos 1:1. E não há um órgão oficial que estabeleça os preços. Não é difícil avaliar o preço de uma miniatura. Essa cotação depende, primeiramente, do estado de conservação da miniatura e do mercado que se negocia a peça. Caso um modelo raro e bem conservado seja negociado em um mercado estável, com muitos compradores em potencial, seu preço pode chegar às alturas.

Para avaliar os modelos existem, algumas normas internacionais que, apesar de não oficiais, são muito usadas e aceitas pelos colecionadores. O estado de conservação é o ponto de partida para a avaliação. A partir da tabela abaixo, verifique o estado do modelo :

C 10 - Miniaturas perfeitas, na caixa, em estado original. Os modelo nesse estado de conservação são chamados de "Mint" (impecável) ou "MIB" ("Mint in box", ou perfeitos na caixa). Alguns colecionadores chegam a ponto de manter suas peças imaculadas em suas caixas, ainda lacradas de fábrica. Podem receber uma cotação um pouco maior que os modelos com a caixa aberta, mas isso depende de outros fatores, como o nível de raridade da peça, por exemplo. As caixas podem sofrer uma cotação em separado, uma vez que pode tratar-se de caixas raras e serem vendidas até sem a miniatura;
C 9 - Peças em perfeitas condições, mas sem a caixa;
C 8 - Miniaturas ainda novas, mas que apresentam pequenas marcas ou arranhões quase imperceptíveis;
C 7 - Modelos quase novos, pois apresentam marcas visíveis com certa facilidade;
C 6 - Miniaturas ainda boas, mas que apresentam pintura danificada e algumas peças e adesivos estragados ou até perdidos;
C 5 - Peças em boas condições, mas com a pintura em péssimo estado de conservação;
C 4 - Miniaturas com partes quebradas ou já perdidas além da pintura ruim;
C 3 a C 1 - Peças realmente ruins com poucas peças, muitas delas já perdidas;
C 0 - Modelos com pouquíssimas peças, mas que podem ser usadas em caso de "doação" das poucas que sobraram para outros modelos. Pior que isso impossível.

Classificado por seu estado de conservação, avalie o modelo pela tabela abaixo. Partindo de um modelo C10 avaliado em R$ 100, 00, vamos exemplificar os valores posteriores:

 C10  100%  R$ 100,00
 C9  90% a 95%  R$ 90,00 à R$ 95,00
 C8  80% a 85%  R$ 80,00 à R$ 85,00
 C7  70% a 75%  R$ 70,00 à R$ 75,00
 C6  25% a 35%  R$ 25,00 à R$ 35,00
 C5  7% a 10%  R$ 7,00 à R$ 10,00
 C4  4% a 5%  R$ 4,00 à R$ 5,00
 C3 a C1  2% a 3%  R$ 2,00 à R$ 3,00
 C0  0,5% à 1%  R$ 0,50 à R$ 1,00

Observe a queda de preço entre os modelos classificados entre C7 e C6. Isso ocorre devido ao fato que do C6 em diante, há uma perca gradativa de pequenas peças e detalhes, como adesivos e pintura, detalhes mais que importantes para a beleza de um modelo.
Essas cotações valem para os modelos originais de fábrica. Modelos transformados com novas peças, como rodas, bancos e pintura sofrem, invariavelmente, uma avaliação diferente daquela referente ao modelo original. Pode aumentar ou até diminuir seu preço em relação ao original. Quem manda nos preços é o mercado

Os preços são fixados de acordo com o que é praticado pelo mercado. Ele pode variar em relação a cotação internacional de um mesmo produto, aumentando ou diminuindo. Um dos fatores que levam a isso é o fato que algumas unidades podem acabar no mercado internacional, e os outros sobrarem aqui no Brasil. O outro é a tradição de uma marca no exterior, que pode não ser tão grande como aqui no Brasil, podendo melhorar os preços lá fora e diminuir aqui no Brasil. É o caso dos Hot Wheels, mais valorizados no exterior (principalmente nos E.U.A) do que no Brasil. São fatores relevantes na hora de se fixar um preço. O colecionador pode pedir um preço alto mas, se esse mercado não estiver preparado para pagar, esse vendedor terá que baixar, naturalmente, o preço. Para ter acesso a cotação de uma miniatura. pode-se recorrer a rara literatura (não só livros como revistas ou páginas da Internet) referente ao assunto. Caso encontre alguma coisa, procure obras que tratam da marca ou modelo a ser avaliado. Isso exige um pouco de conhecimento de mercado e da peça a ser negociada. Geralmente, há uma tendência de queda de preço se o colecionador vender uma grande quantidade de miniaturas.
O preço de cada uma das miniaturas pode cair sensivelmente, uma vez que no atacado o preço sempre é menor que no varejo. Atualmente, no Brasil, é possível observar o crescente comércio de miniaturas "usadas", principalmente em páginas de leilões virtuais na Internet. Isso facilita muita a vida do vendedor e do comprador na hora da negociação.
Apesar de ser um leilão, é possível ter uma idéia dos preços praticados (e nem muitas vezes aceito) pelo mercado. Em nosso mercado é possível observar uma disparidade muito grande entre os preços praticados. Alguns modelos usados são vendidos a preços de novos, fato que ocorre graças a um mercado de automodelistas ainda em formação. E estar informado sobre o valor de cada um dos modelos da coleção evita uma venda ou troca frustrada.

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