:: COMO AVALIAR OS PREÇOS
DE SEUS MODELOS ::
Na hora da venda ou troca de um modelo,
alguns colecionadores não sabem ao certo o valor real
de suas peças. Infelizmente,
essa tabela de modelos em escala não aparece na página
central de jornais e revistas espalhadas por todo país,
como é o caso dos modelos 1:1. E não há
um órgão oficial que estabeleça os preços.
Não é difícil avaliar o preço de
uma miniatura. Essa cotação depende, primeiramente,
do estado de conservação da miniatura e do mercado
que se negocia a peça. Caso um modelo raro e bem conservado
seja negociado em um mercado estável, com muitos compradores
em potencial, seu preço pode chegar às alturas.
Para avaliar os modelos existem,
algumas normas internacionais que, apesar de não oficiais,
são muito usadas e aceitas pelos colecionadores. O estado
de conservação é o ponto de partida para
a avaliação. A partir da tabela abaixo, verifique
o estado do modelo :
C 10 - Miniaturas perfeitas, na caixa, em estado
original. Os modelo nesse estado de conservação
são chamados de "Mint" (impecável) ou
"MIB" ("Mint in box", ou perfeitos na caixa).
Alguns colecionadores chegam a ponto de manter suas peças imaculadas em suas caixas, ainda
lacradas de fábrica. Podem receber uma cotação
um pouco maior que os modelos com a caixa aberta, mas isso depende
de outros fatores, como o nível de raridade da peça,
por exemplo. As caixas podem sofrer uma cotação
em separado, uma vez que pode tratar-se de caixas raras e serem
vendidas até sem a miniatura;
C 9 - Peças em perfeitas condições,
mas sem a caixa;
C 8 - Miniaturas ainda novas, mas que apresentam
pequenas marcas ou arranhões quase imperceptíveis;
C 7 - Modelos quase novos, pois apresentam
marcas visíveis com certa facilidade;
C 6 - Miniaturas ainda boas, mas que apresentam
pintura danificada e algumas peças e adesivos estragados
ou até perdidos;
C 5 - Peças em boas condições,
mas com a pintura em péssimo estado de conservação;
C 4 - Miniaturas com partes quebradas ou já
perdidas além da pintura ruim;
C 3 a
C 1 - Peças realmente ruins com poucas
peças, muitas delas já perdidas;
C 0 - Modelos com pouquíssimas peças,
mas que podem ser usadas em caso de "doação"
das poucas que sobraram para outros modelos. Pior que isso impossível.
Classificado por seu estado de
conservação, avalie o modelo pela tabela abaixo.
Partindo de um modelo C10 avaliado em R$ 100, 00, vamos exemplificar
os valores posteriores:
C10 |
100% |
R$ 100,00 |
C9 |
90% a 95% |
R$ 90,00 à R$ 95,00 |
C8 |
80% a 85% |
R$ 80,00 à R$ 85,00 |
C7 |
70% a 75% |
R$ 70,00 à R$ 75,00 |
C6 |
25% a 35% |
R$ 25,00 à R$ 35,00 |
C5 |
7% a 10% |
R$ 7,00 à R$ 10,00 |
C4 |
4% a 5% |
R$ 4,00 à R$ 5,00 |
C3 a C1 |
2% a 3% |
R$ 2,00 à R$ 3,00 |
C0 |
0,5% à 1% |
R$ 0,50 à R$ 1,00 |
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Observe a queda de preço
entre os modelos classificados entre C7 e C6. Isso ocorre devido
ao fato que do C6 em diante, há uma
perca gradativa de pequenas peças e detalhes, como adesivos
e pintura, detalhes mais que importantes para a beleza de um
modelo.
Essas cotações valem para os modelos originais
de fábrica. Modelos transformados com novas peças,
como rodas, bancos e pintura sofrem, invariavelmente, uma avaliação
diferente daquela referente ao modelo original. Pode aumentar
ou até diminuir seu preço em relação
ao original. Quem manda nos preços é o mercado
Os preços são fixados
de acordo com o que é praticado pelo mercado. Ele pode
variar em relação a cotação internacional
de um mesmo produto, aumentando ou diminuindo. Um dos fatores
que levam a isso é o fato que algumas unidades podem acabar
no mercado internacional, e os outros sobrarem aqui no Brasil.
O outro é a tradição de uma marca no exterior,
que pode não ser tão grande como aqui no Brasil,
podendo melhorar os preços lá fora e diminuir aqui
no Brasil. É o caso dos Hot Wheels, mais valorizados no
exterior (principalmente nos E.U.A) do que no Brasil. São
fatores relevantes na hora de se fixar um preço. O colecionador
pode pedir um preço alto mas, se esse mercado não
estiver preparado para pagar, esse vendedor terá que baixar,
naturalmente, o preço. Para ter acesso a cotação
de uma miniatura. pode-se recorrer a rara literatura (não
só livros como revistas ou páginas da Internet)
referente ao assunto. Caso encontre alguma coisa, procure obras
que tratam da marca ou modelo a ser avaliado. Isso exige um pouco
de conhecimento de mercado e da peça a ser negociada.
Geralmente, há uma tendência de queda de preço
se o colecionador vender uma grande quantidade de miniaturas.
O preço de cada uma das miniaturas pode cair sensivelmente,
uma vez que no atacado o preço sempre é menor que
no varejo. Atualmente, no Brasil,
é possível observar o crescente comércio
de miniaturas "usadas", principalmente em páginas
de leilões virtuais na Internet. Isso facilita muita a
vida do vendedor e do comprador na hora da negociação.
Apesar de ser um leilão, é possível ter
uma idéia dos preços praticados (e nem muitas vezes
aceito) pelo mercado. Em nosso mercado é possível
observar uma disparidade muito grande entre os preços
praticados. Alguns modelos usados são vendidos a preços
de novos, fato que ocorre graças a um mercado de automodelistas
ainda em formação. E estar informado sobre o valor
de cada um dos modelos da coleção evita uma venda
ou troca frustrada.
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