Autor: Ricardo Locatelli

Tipos de Embalagens


VENDA REGULAR - as embalagens que vão normalmente à venda. Como o FREE ULTRA LIGHTS. Normalmente as tiragens são enormes mas há casos recentes de apenas uma embalagem ser conhecida!

COMEMORATIVAS - mesmo que não "comemorem" nada, consideramos assim também as "séries" especiais. Por exemplo, os FREE JAZZ. Normalmente são mais interessantes por que as tiragens são sempre limitadas, seja pela quantidade que foi impressa, seja pela brevidade da duração da promoção (como a série dos Marlboro).

AMOSTRAS GRÁTIS - consideramos assim as feitas especialmente para promover lançamento de marcas, versões (lights, suave...), mudanças nos sabores; também se enquadram aí as para "reforço" e apresentação aos consumidores e ainda as para distribuição aos passageiros de companhias aéreas, clientes de lojas, postos de gasolina, etc (Hasting - Sears - Varig, etc). O Rubens Audi Didone tem algumas INTEIRAS dos anos 1.920/30, que vieram de uma coleção de Bauru.

PESQUISA DE MERCADO - são as embalagens "brancas", com letras ou números, SEM NOME, que as fábricas (Souza Cruz e PM tão somente) usam para testar o sabor de um novo lançamento ou alteração de sabor. Não possuem nome para que as concorrentes nunca descubram o que estão bolando, a fim de que não se precavenham ou soltem marca com nome semelhante, aproveitando o marketing que essas poderosas fábricas usam. São interessantes principalmente as USADAS, vejam que há muitas só com números diferentes, que, sem uso, nada representam para uma coleção. As variações de embalagem, alguma escrita, a série (quando da Souza cruz), é válida mas, quando a embalagem é exatamente igual e só muda o número, nada significa de novo, pode-se guardar como curiosidade. São prática recente.

TESTE DE SABOR - a mesma coisa que a "pesquisa de mercado".

PROTEÇÃO BRANCA - as marcas de "proteção" existem para reservar um "nome de marca" para uma fábrica. A lei exige que se comercialize uma vez por ano (pelo menos era assim) uma determinada quantidade de embalagens para que a fábrica tenha como "seu" o nome. Se ela não fizer isso, a "marca" fica aberta para uso de qualquer outra fábrica. Não há, portanto, como "preservar o direito de uso" de uma marca sem fazer uso dela. Isso é a "proteção". "Branca" se diz das embalagens que não têm desenho algum, só um nome. A PM e a SC usam muito do expediente e essas embalagens, usadas, são bastante boas, o mesmo para as sem uso, claro, nesse caso com o valor um pouquinho menor.

PROTEÇÃO COM DESENHO - a mesma coisa, só que são trabalhadas, com embalagem bem produzida, normalmente como elas são no exterior, por exemplo o KIM e o KENT. São muito legais e usadas são boas, quase a mesma coisa para as sem uso. As de "proteção" existem desde a década de 1.950 e as primeiras dessa época só apareceram agora, na "pequena" coleção do J. Vinicius, da Souza Cruz. Também alguns felizes tem proteção, ainda do período "preço impresso em Cruzeiros", da Caruso.

PARA FUNCIONÁRIOS - até há pouco as fábricas usavam "agraciar" seus funcionários com marcas especialmente produzidas para eles, que ganhavam alguns maços por semana. Nos últimos tempos as marcas tinham o nome da fábrica, fora o Dunas que, trocando as letras, também era Sudan! Sabem como isso começou? simples, nas fábricas os funcionários "desviavam" maços da produção normal para fumar, que são altamente taxados. Daí os fabricantes tiveram a inusitada idéia de fazer cigarros "especialmente" para os funcionários, com a devida redução de impostos! Agora essas práticas estão proibidas pela lei, que acha que os funcionários eram "induzidos" a fumar (na verdade é prá cobrar mais imposto mesmo!) - mas não faz mal, como as amostras grátis, as de "funcionários" devem continuar existindo. São todas boas, quando usadas, e regulares quando novas e recentes.

PROTÓTIPO - também chamadas erroneamente pela concorrência de "piloto" e "teste de embalagem", os protótipos só são uma "curiosidade", nunca uma "raridade". A coleção das embalagens com os 6 avisos, por exemplo, contam com cerca de 1.000 embalagens que foram usadas. Para se fazer essas 1.000 marcas foram usados pelo menos 5.000 protótipos e sempre uma ou no máximo duas embalagens de cada protótipo, SEMPRE SEM USO MAS MONTADAS. Veja: o fabricante recebe da gráfica ou do departamento de marketing ou o que for, uma "amostra" do que deve ser a embalagem, aliás, várias amostras diferentes. Põe uma do lado da outra e o fabricante "escolhe" qual acha mais adequada aos seus interesses e faz as alterações que julga necessárias e as legais, adequando a embalagem ao "produto" que deseja colocar à venda. É isso o "protótipo", uma "curiosidade", mas nada com o que se deva gastar muito, a não ser que sejas "curioso"! Vejam o caso da marca "27 prefeito", que foi ilustrada na capa de um boletim passado. Aquela foi vendida a quem a encomendou e distribuída aos eleitores por ocasião das eleições no ano 2.000. Para a escolha de qual seria produzida, foram feitos alguns protótipos diferentes e só um foi aprovado. Para se fazer os protótipos só se imprime uma ou duas embalagens, nunca grande quantidade! Seria desperdício e prejuízo certo!!! Não faz sentido alguém ter muitos "protótipos" de cada nesse caso (e nem em nenhum outro caso de protótipo). Imprimir mais de 2 protótipos é ridículo, visto que só depois da aprovação é que são impressos em larga escala! No caso dessa marca, para uma impressão de 20.000 maços, seria uma atitude infeliz e muito cara ante o pequeno pedido. Analise o fato e pense muito bem. Só se tem notícias até hoje de 2 Rubinhos verdadeiros, usados. Podem existir os protótipos, claro, mas em quantidade como descrito acima! E os verdadeiros SÃO USADOS pois, para 20.000 maços seria outro erro imprimir mais do que o pedido exigiu. É ou não é?
Os protótipos mais velhos que se conhecem são da época da série G da Souza Cruz, nos anos 70 e o Marcos Moura tem alguns exemplares muito interessantes!
Longe de serem "marcas de cigarro", não esqueçam, são só "curiosidade". nunca seriam embalados e produzidos, são só testes.

TESTE DE MERCADO - essas são outro caso, diferente das "pesquisas de mercado". Testes de mercado são (ou eram) feitos para sentir a reação dos consumidores em mercados pilotos, avaliam se a embalagem e o sabor vão "pegar" no público alvo. Exemplos recentes são o LORD 100mm (testado em Campinas e Jundiaí), MIRAGE, PREMIER, LM. Essas são bem interessantes e importantes.

ERRO DE IMPRESSÃO - DEFEITUOSAS - essas só tem validade "COMO CURIOSIDADE" quando não percebidas pelos fabricantes e chegam a ser vendidas. Mas há dois tipos de erros: as com aviso errado, por exemplo hoje encontramos marcas com aviso do tipo "6 avisos" (Rodeio) já com PPM (produto para maiores) e TIM (com os teores impressos de monóxido de carbono, nicotina e alcatrão), sendo que eram prá ter os 5 avisos correntes - ou "palavras" erradas. Nesse caso valem para a coleção, principalmente se "USADAS".
Outro caso são as impressões invertidas, faltando cores, com defeitos na embalagem, etc, ou "produto" defeituoso ou "impressão defeituosa". Só têm algum valor, nada alto, quando são USADAS pois, se a fábrica "captou o erro" e evitou sua venda (como o caso do OSCAR 581 da lista de 6 avisos, a ser excluído), nada valem. Se for sem uso não é marca, é só papel pintado.
TESTE DE GRÁFICA - não existem, só "protótipos" existem, as gráficas não perdem tempo fazendo o que não lhes é pedido e, no caso dos "protótipos", são feitos em mínima quantidade.

Será que faltou algum? Aguardo as avaliações do texto!
Abraços
Ricardo Locatelli

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