Tipos de Embalagens
VENDA REGULAR - as
embalagens que vão normalmente à venda. Como o
FREE ULTRA LIGHTS. Normalmente as tiragens são enormes
mas há casos recentes de apenas uma embalagem ser conhecida!
COMEMORATIVAS -
mesmo que não "comemorem" nada, consideramos
assim também as "séries" especiais. Por
exemplo, os FREE JAZZ. Normalmente são mais interessantes
por que as tiragens são sempre limitadas, seja pela quantidade
que foi impressa, seja pela brevidade da duração
da promoção (como a série dos Marlboro).
AMOSTRAS GRÁTIS
- consideramos assim as feitas especialmente para promover lançamento
de marcas, versões (lights, suave...), mudanças
nos sabores; também se enquadram aí as para "reforço"
e apresentação aos consumidores e ainda as para
distribuição aos passageiros de companhias aéreas,
clientes de lojas, postos de gasolina, etc (Hasting - Sears -
Varig, etc). O Rubens Audi Didone tem algumas INTEIRAS dos anos
1.920/30, que vieram de uma coleção de Bauru.
PESQUISA DE MERCADO
- são as embalagens "brancas", com letras ou
números, SEM NOME, que as fábricas (Souza Cruz
e PM tão somente) usam para testar o sabor de um novo
lançamento ou alteração de sabor. Não
possuem nome para que as concorrentes nunca descubram o que estão
bolando, a fim de que não se precavenham ou soltem marca
com nome semelhante, aproveitando o marketing que essas poderosas
fábricas usam. São interessantes principalmente
as USADAS, vejam que há muitas só com números
diferentes, que, sem uso, nada representam para uma coleção.
As variações de embalagem, alguma escrita, a série
(quando da Souza cruz), é válida mas, quando a
embalagem é exatamente igual e só muda o número,
nada significa de novo, pode-se guardar como curiosidade. São
prática recente.
TESTE DE SABOR
- a mesma coisa que a "pesquisa de mercado".
PROTEÇÃO BRANCA
- as marcas de "proteção" existem para
reservar um "nome de marca" para uma fábrica.
A lei exige que se comercialize uma vez por ano (pelo menos era
assim) uma determinada quantidade de embalagens para que a fábrica
tenha como "seu" o nome. Se ela não fizer isso,
a "marca" fica aberta para uso de qualquer outra fábrica.
Não há, portanto, como "preservar o direito
de uso" de uma marca sem fazer uso dela. Isso é a
"proteção". "Branca" se diz
das embalagens que não têm desenho algum, só
um nome. A PM e a SC usam muito do expediente e essas embalagens,
usadas, são bastante boas, o mesmo para as sem uso, claro,
nesse caso com o valor um pouquinho menor.
PROTEÇÃO COM DESENHO
- a mesma coisa, só que são trabalhadas, com embalagem
bem produzida, normalmente como elas são no exterior,
por exemplo o KIM e o KENT. São muito legais e usadas
são boas, quase a mesma coisa para as sem uso. As de "proteção"
existem desde a década de 1.950 e as primeiras dessa época
só apareceram agora, na "pequena" coleção
do J. Vinicius, da Souza Cruz. Também alguns felizes tem
proteção, ainda do período "preço
impresso em Cruzeiros", da Caruso.
PARA FUNCIONÁRIOS
- até há pouco as fábricas usavam "agraciar"
seus funcionários com marcas especialmente produzidas
para eles, que ganhavam alguns maços por semana. Nos últimos
tempos as marcas tinham o nome da fábrica, fora o Dunas
que, trocando as letras, também era Sudan! Sabem como
isso começou? simples, nas fábricas os funcionários
"desviavam" maços da produção
normal para fumar, que são altamente taxados. Daí
os fabricantes tiveram a inusitada idéia de fazer cigarros
"especialmente" para os funcionários, com a
devida redução de impostos! Agora essas práticas
estão proibidas pela lei, que acha que os funcionários
eram "induzidos" a fumar (na verdade é prá
cobrar mais imposto mesmo!) - mas não faz mal, como as
amostras grátis, as de "funcionários"
devem continuar existindo. São todas boas, quando usadas,
e regulares quando novas e recentes.
PROTÓTIPO
- também chamadas erroneamente pela concorrência
de "piloto" e "teste de embalagem", os protótipos
só são uma "curiosidade", nunca uma "raridade".
A coleção das embalagens com os 6 avisos, por exemplo,
contam com cerca de 1.000 embalagens que foram usadas. Para se
fazer essas 1.000 marcas foram usados pelo menos 5.000 protótipos
e sempre uma ou no máximo duas embalagens de cada protótipo,
SEMPRE SEM USO MAS MONTADAS. Veja: o fabricante recebe da gráfica
ou do departamento de marketing ou o que for, uma "amostra"
do que deve ser a embalagem, aliás, várias amostras
diferentes. Põe uma do lado da outra e o fabricante "escolhe"
qual acha mais adequada aos seus interesses e faz as alterações
que julga necessárias e as legais, adequando a embalagem
ao "produto" que deseja colocar à venda. É
isso o "protótipo", uma "curiosidade",
mas nada com o que se deva gastar muito, a não ser que
sejas "curioso"! Vejam o caso da marca "27 prefeito",
que foi ilustrada na capa de um boletim passado. Aquela foi vendida
a quem a encomendou e distribuída aos eleitores por ocasião
das eleições no ano 2.000. Para a escolha de qual
seria produzida, foram feitos alguns protótipos diferentes
e só um foi aprovado. Para se fazer os protótipos
só se imprime uma ou duas embalagens, nunca grande quantidade!
Seria desperdício e prejuízo certo!!! Não
faz sentido alguém ter muitos "protótipos"
de cada nesse caso (e nem em nenhum outro caso de protótipo).
Imprimir mais de 2 protótipos é ridículo,
visto que só depois da aprovação é
que são impressos em larga escala! No caso dessa marca,
para uma impressão de 20.000 maços, seria uma atitude
infeliz e muito cara ante o pequeno pedido. Analise o fato e
pense muito bem. Só se tem notícias até
hoje de 2 Rubinhos verdadeiros, usados. Podem existir os protótipos,
claro, mas em quantidade como descrito acima! E os verdadeiros
SÃO USADOS pois, para 20.000 maços seria outro
erro imprimir mais do que o pedido exigiu. É ou não
é?
Os protótipos mais velhos que se conhecem são da
época da série G da Souza Cruz, nos anos 70 e o
Marcos Moura tem alguns exemplares muito interessantes!
Longe de serem "marcas de cigarro", não esqueçam,
são só "curiosidade". nunca seriam embalados
e produzidos, são só testes.
TESTE DE MERCADO
- essas são outro caso, diferente das "pesquisas
de mercado". Testes de mercado são (ou eram) feitos
para sentir a reação dos consumidores em mercados
pilotos, avaliam se a embalagem e o sabor vão "pegar"
no público alvo. Exemplos recentes são o LORD 100mm
(testado em Campinas e Jundiaí), MIRAGE, PREMIER, LM.
Essas são bem interessantes e importantes.
ERRO DE IMPRESSÃO - DEFEITUOSAS
- essas só tem validade "COMO CURIOSIDADE" quando
não percebidas pelos fabricantes e chegam a ser vendidas.
Mas há dois tipos de erros: as com aviso errado, por exemplo
hoje encontramos marcas com aviso do tipo "6 avisos"
(Rodeio) já com PPM (produto para maiores) e TIM (com
os teores impressos de monóxido de carbono, nicotina e
alcatrão), sendo que eram prá ter os 5 avisos correntes
- ou "palavras" erradas. Nesse caso valem para a coleção,
principalmente se "USADAS".
Outro caso são as impressões invertidas, faltando
cores, com defeitos na embalagem, etc, ou "produto"
defeituoso ou "impressão defeituosa". Só
têm algum valor, nada alto, quando são USADAS pois,
se a fábrica "captou o erro" e evitou sua venda
(como o caso do OSCAR 581 da lista de 6 avisos, a ser excluído),
nada valem. Se for sem uso não é marca, é
só papel pintado.
TESTE DE GRÁFICA - não existem, só "protótipos"
existem, as gráficas não perdem tempo fazendo o
que não lhes é pedido e, no caso dos "protótipos",
são feitos em mínima quantidade.
Será que faltou algum? Aguardo as avaliações
do texto!
Abraços
Ricardo Locatelli
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