Rio de janeiro, fevereiro
e março...
O Rio de Janeiro é, sem dúvida, uma cidade belíssima
em todos os meses do ano. Mar, montanhas e florestas se fundem
para mostrar a pujança da natureza. Mas é no verão
que essa beleza fica mais à mostra. Denominada, com justa
razão, Cidade Maravilhosa, tem como principais atrações
turísticas o Pão de Açúcar, Corcovado,
Copacabana, Ipanema, Parque do Flamengo, Floresta da Tijuca e
dezenas de outros lugares de interesse.Como colecionador de cartões-postais,
com acervo de mais de 58.000 exemplares do mundo todo, o Rio
não poderia deixar de figurar com destaque na minha coleção.
E, realmente, é a cidade mais fotografada do Brasil. Prova
disso é que possuo 2.275 postais só da cidade maravilhosa,
das
mais diferentes épocas, desde o início do século
até os lançados recentemente.
A mania de colecionar cartões-postais teve sua época
de ouro, em todo o mundo, nas primeiras décadas do século
vinte. Naquele tempo telefone era raridade, o rádio ainda
engatinhava e não existia a televisão, o ato de
enviar e guardar postais foi uma das mais eficientes fórmulas
de comunicação entre as pessoas. Até para
simples realização de chás em casas de senhoras
da sociedade, os convites eram enviados em forma de cartão-postal,
entregues pessoalmente pelo mordomo às convidadas.
Em 1904 surgiu, no Rio de Janeiro, aquela
que é considerada a primeira entidade especializada no
assunto: Sociedade Cartophilica Emmanunel Hermann. Editava um
jornal denominado Carthophilia, que tinha como associado Olavo
Bilac, entre outros acadêmicos ilustres. Cartofilia passou
a ser, desde então, a denominação do colecionismo
de cartões-postais. Fotógrafos ilustres, como Marc
Ferrez, Augusto Malta e Horácio Garcia mostraram, em postais,
os costumes, o modo de vida, os transportes, as ruas e praças,
as igrejas e os locais turísticos de um Rio de Janeiro
que já não existe mais. Mas, felizmente, tais imagens
estão preservadas nas coleções de muitos
adeptos da cartofilia.
Nos dias atuais há, no Rio, uma entidade que congrega
muitos colecionadores. Trata-se da ACARJ, Associação
de Cartofilia do Rio de Janeiro, realizando mostras freqüentes
em shoppings, escolas e clubes, ampliando sobremaneira o reconhecimento
do cartão-postal como fonte e pesquisa iconográfica.
Entre as muitas exposições realizadas pela ACARJ
destacamos:
"Fascínio & Memória" na PUC-RJ, "Os
anos dourados do cartão-postal" em 1988, "A
Avenida Atlântica de Copacabana" em 1992, "A
Orla do Rio - O eterno cartão-postal 1990-1940",
Também em 1992, "Ipanema 100 anos" e "O
comércio e o cartão-postal", esta realizada
de 23 de setembro a 03 de outubro de 1997, no SESC Copacabana.
Colecionar postais, como vimos, não é um simples
ato de juntar retângulos de papel com ilustrações.
É um meio de preservar a memória, de pesquisar
a história, de estudar geografia, de verificar as mudanças
na arquitetura, de vivenciar os usos e costumes das diferentes
épocas.
Tentaremos a cada artigo contar um pouco da história
deste método de preservas a história, os costumes
e hábitos de diferentes povos. Maiores informações
poderão ser obtidas diretamente com o editor que edita
um boletim sobre informações de Cartofilia. José
Carlos Daltozo - Caixa Postal 117 - 19500-000, é funcionário
aposentado do Banco do Brasil, coleciona postais à 10
anos e possui hoje em dia mais de 58.000 (cinquenta e oito mil
postais).
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