Autor: José Carlos Daltozo

Rio de janeiro, fevereiro e março...

O Rio de Janeiro é, sem dúvida, uma cidade belíssima em todos os meses do ano. Mar, montanhas e florestas se fundem para mostrar a pujança da natureza. Mas é no verão que essa beleza fica mais à mostra. Denominada, com justa razão, Cidade Maravilhosa, tem como principais atrações turísticas o Pão de Açúcar, Corcovado, Copacabana, Ipanema, Parque do Flamengo, Floresta da Tijuca e dezenas de outros lugares de interesse.Como colecionador de cartões-postais, com acervo de mais de 58.000 exemplares do mundo todo, o Rio não poderia deixar de figurar com destaque na minha coleção. E, realmente, é a cidade mais fotografada do Brasil. Prova disso é que possuo 2.275 postais só da cidade maravilhosa, das mais diferentes épocas, desde o início do século até os lançados recentemente.

 

A mania de colecionar cartões-postais teve sua época de ouro, em todo o mundo, nas primeiras décadas do século vinte. Naquele tempo telefone era raridade, o rádio ainda engatinhava e não existia a televisão, o ato de enviar e guardar postais foi uma das mais eficientes fórmulas de comunicação entre as pessoas. Até para simples realização de chás em casas de senhoras da sociedade, os convites eram enviados em forma de cartão-postal, entregues pessoalmente pelo mordomo às convidadas.

 

Em 1904 surgiu, no Rio de Janeiro, aquela que é considerada a primeira entidade especializada no assunto: Sociedade Cartophilica Emmanunel Hermann. Editava um jornal denominado Carthophilia, que tinha como associado Olavo Bilac, entre outros acadêmicos ilustres. Cartofilia passou a ser, desde então, a denominação do colecionismo de cartões-postais. Fotógrafos ilustres, como Marc Ferrez, Augusto Malta e Horácio Garcia mostraram, em postais, os costumes, o modo de vida, os transportes, as ruas e praças, as igrejas e os locais turísticos de um Rio de Janeiro que já não existe mais. Mas, felizmente, tais imagens estão preservadas nas coleções de muitos adeptos da cartofilia.

 

Nos dias atuais há, no Rio, uma entidade que congrega muitos colecionadores. Trata-se da ACARJ, Associação de Cartofilia do Rio de Janeiro, realizando mostras freqüentes em shoppings, escolas e clubes, ampliando sobremaneira o reconhecimento do cartão-postal como fonte e pesquisa iconográfica.

Entre as muitas exposições realizadas pela ACARJ destacamos: "Fascínio & Memória" na PUC-RJ, "Os anos dourados do cartão-postal" em 1988, "A Avenida Atlântica de Copacabana" em 1992, "A Orla do Rio - O eterno cartão-postal 1990-1940", Também em 1992, "Ipanema 100 anos" e "O comércio e o cartão-postal", esta realizada de 23 de setembro a 03 de outubro de 1997, no SESC Copacabana.

Colecionar postais, como vimos, não é um simples ato de juntar retângulos de papel com ilustrações. É um meio de preservar a memória, de pesquisar a história, de estudar geografia, de verificar as mudanças na arquitetura, de vivenciar os usos e costumes das diferentes épocas.

 

Tentaremos a cada artigo contar um pouco da história deste método de preservas a história, os costumes e hábitos de diferentes povos. Maiores informações poderão ser obtidas diretamente com o editor que edita um boletim sobre informações de Cartofilia. José Carlos Daltozo - Caixa Postal 117 - 19500-000, é funcionário aposentado do Banco do Brasil, coleciona postais à 10 anos e possui hoje em dia mais de 58.000 (cinquenta e oito mil postais).

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