Autor: José Marques Barboza

Códigos no verso dos cartões telefônicos brasileiros
Tabela Válida para cartões emitidos até abril/2000

odos os CT emitidos pela TB após a ECO-92 tem um código (há exceções) que sempre foi mantido em sigilo, ou pelo menos nunca foi divulgado qualquer explicação a respeito do significado dos seus números e letras.

Para os CT atuais, uma explicação daqueles números impressos no canto inferior esquerdo do verso dos cartões é a seguinte:

Data da emissão

Os primeiros números evidentemente mostram a data de emissão. Até março de 1995 via-se o ano, dia e o mês. A partir desta época aparecem apenas o ano e o mês. Por exemplo, o CT Serviço Móvel Celular (o primeiro) foi emitido a 1 de março de 1995. Já o Navio Minas Gerais foi emitido em junho de 1995.

É oportuno lembrar que a emissão é um ato da TELEBRÁS. Só ela tem autoridade para emitir um CT.

A impressão é feita pelas empresas que receberam a tecnologia desenvolvida pela TB, para a fabricação em escala industrial.

Aleatóriamente tomemos o bonito cartão Edifício Sede Telebrás - 24 anos. O seu código é <96.11 (2P - IP - 00) 2 ATB B1>. Os primeiros números são claramente compreensíveis: ano e mês da emissão.

Entre parênteses

Dentro dos parênteses temos primeiramente 2P dizendo que foram feitos 3.000.000 cartões! Isto porque este alfa-numérico obedece à seguinte tabela:

A 10
B 100
C 1.000
D 10.000
E 20.000
F 50.000
G 100.000
H 200.000
I 500.000
J 1.000.000
L 1.100.000
M 1.200.000
N 1.300.000
O 1.400.000
P 1.500.000
Q 1.600.000
R 1.700.000
S 1.900.000
T 2.000.000
U 2.100.000
V 2.200.000
X 2.300.000
Z 2.400.000

Uma emissão de um milhão de cartões pode ser codificada assim: 1J (Petrolina) ou II como no cartão PA-RE ou ainda 2I como no cartão do Galo da Madrugada.

A segunda sigla dentro dos parênteses esclarece que este cartão (TB - 24 anos), segundo os critérios da TB, está classificado entre os cartões de Propaganda Institucional Própria. Há também uma tabela que esclarece:

  • IP - Propaganda Institucional Própria;
  • PP - Propaganda de Produtos ou Serviços Próprios;
  • IT - Propaganda de Produtos ou Serviços de Terceiros;
  • ET - Produção Exclusiva para Terceiros.

Exemplificando:

Os últimos números dentro do parênteses indicam (ou indicavam) as operadoras estatuais quando o logotipo delas aparecia nos cartões. A numeração seguia a seguinte tabela:

00 TELEBRÁS
01 TELESP/TELEFÔNICA
02 TELERJ
03 TELEST
04 TELEMIG
05 TELEPA
06 TELESC
07 TELERN
08 TELPA
09 TELEBRASÍLIA
10 EMBRATEL
11 TELERON
12 TELEACRE
13 TELAMAZON
14 TELAIMA
15 TELEPAR
16 TELEAMPÁ
17 TELMA
18 TELEPISA
19 TELECEARÁ
20 TELPE
21 TELASA
22 TELERGIPE
23 TELEBAHIA
24 TELEGOIÁS
25 TELEMAT
26 TELEMS
27 CTBC
28 CTMR
29 CRT
30 SERCOMITEL
31 CETERP
32 TELCOR (Nicarágua)

Considerando que não saem mais CT com os logotipos das teles estaduais (TELERJ, TELESP, TELEPAR, etc.), este número agora está constante, com o correspondente à TELEBRÁS que é o 00. No nosso exemplo, o cartão do edifício sede da TELEBRÁS, lembrando o vigésimo quarto aniversário da empresa, só poderia ser mesmo 00!

As impressoras

Já fora dos parênteses, o primeiro número da linha indica a impressora ou fabricante, isto é:

1 = Casa da Moeda do Brasil;
2 = American Bank Note Company Gráfica e Serviços Ltds., que sucedeu a Thomas de La Rue;
3 = Interprint;
4 = E agora CSM - Cartões de Segurança Ltda.

Consta que a sigla desta nova empresa vem de C de Canadian Bank, S de Splice e M de Microeletrônica, formando uma joint-venture para a fabricação de cartões.

No exemplo do cartão que estamos analisando, ele foi fabricado pela American Bank Note Co., pois traz nesta posição o número 2.

O nome do cartão

Em seguida um grupo de letras indicam o nome do cartão abreviadamente, segundo os critérios da emissora. Um exemplo é o VARS (Vista Aérea do Rio Sergipe, quatro iniciais).

A grande maioria tem apenas três letras que procuram refletir o título que lhe foi dado. Por exemplo: PPS (Praia Ponta do Seixas) ou FCE (Flor Canela de Ema) DIM (Dia Internacional da Mulher, que são realmente as iniciais do nome. Às vezes é fácil ligar a sigla ao nome, como no FCI (Flor Cigana) ou CFT (Christian Fittipaldi), mas à medida que vai aparecendo um maior número de cartões, vai ficando difícil selecionar as siglas, aparecendo então as letras estranhas ao título, como EBI (Combate da Selva). Talvez queira lembrar o Exército Brasileiro-Infantaria? Isto faz sentido. Como o GPB (Autódromo de Interlagos), que talvez queira sugerir Grande Prêmio Brasileiro. Também faz sentido. Algumas porém ficam mais distantes desta facilidade de interpretação.

Finalmente

Já no último grupo a letra indica a quantidade de créditos, ou seja, o número de de fichas a serem acumulados no cartão. Assim:

A - 10 - Ligue 103 - Consertos
B - 20 - Teatro Amazonas
C - 50 - Praia de Torres
D - 100 - Serviço Móvel Celular (1ª)
E - 400 - Mico Leão
F - 35 - Amizade Brasil - Japão
G - 75 - Sudene - Finor
H - 90 - Mato Grosso do Sul

O último número revela se a figura foi usada pela primeira, segunda, terceiro vez, etc. A grande maioria ou a quase totalidade traz evidentemente o número 1.

O cartão 145 - Disque Amizade, emitido em dezembro de 1996, portanto 12.96, é um exemplo de figura usada pela segunda vez.

Consideramos um cartão diferente porque, além do verso conter legenda que não existia no primeiro, ele tem o código do nome com letras diferentes e a data diferente. No primeiro se lê: <96.03.01 (2G PT 00) 3 DAB B1> ao passo que na segunda emissão podemos ler: <96.12 (4C PT 00) 3 DAM B2.

Recentemente foram acrescentados novos números que indicam se o CT pertence a uma série, qual o número de cartões da série e qual a posição dele dentro da série. Por exemplo: 4/12 significa que o cartão é o quarto de uma série de 12. Isto veio ajudar muito aos colecionadores que tem aí mais uma orientação. Parabéns e obrigado à TELEBRÁS. Isto veio reforçar a idéia que apresentamos no artigo "Viva Brazil", publicado na Inglaterra pela TCI (TeleCard Collector Internacional), em abril de 1995.

Outros detalhes serão estudados no artigo "Mais Códigos".

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