CLASSIFICAÇÃO
E ORDENAÇÃO CRONOLÓGICA DOS CARTÕES
BRASILEIROS
O problema da catalogação dos Cartões
Brasileiros e a sua conseqüente ordenação
cronológica é atualmente uma necessidade a ser
enfrentada. As operadoras de Telefonia Pública, emissoras
dos cartões, não tem tido a preocupação
de dar ao colecionador informações, talvez porque
nem mesmo elas tenham, da exata data de entrada em circulação
de um determinado cartão. Muito pelo contrário,
tem se visto ultimamente que algumas inclusive tem suprimido
as informações do verso do cartão, notadamente
aquelas codificadas.
Predominam no seguimento da telecartofilia atualmente três
catálogos o Vieira, o RHM e do CTP.
O Catalogo Vieira, pelo seu formato e edição
anual, não consegue superar a barreira imposta pela necessidade
de ser atualizado periodicamente e esbarra no nº atual de
cartões que estão sendo emitidos e na impossibilidade
de manutenção de seu atual formato, pena de se
tornar numa enciclopédia de Cartões Telefônicos
de vários volumes daqui a alguns anos.
O Catalogo RHM, surgiu
com a proposta inovadora de atualizações periódicas
e acréscimo ao seu conteúdo por meio de fichário,
tendo inclusive iniciado uma inédita separação
de cartões por séries e operadoras. Ficou somente
nisso. Nas atualizações que se seguiram os cartões
deixaram se ser classificados por essas novas ordens e voltaram
ao formato de numeração única para todos
os cartões, além de que as atualizações
periódicas perderam-se no tempo. O preço (principal+atualizações),
para os futuros colecionadores também será proibitivo.
Em comum com estes dois catálogos, está a numeração
seqüencial única que atualmente precisa ser revista,
pois entendemos que um novo formato que vise numerar separadamente
os cartões por operadora seja o mais sensato e é
isto que vamos sugerir na conclusão da presente matéria.
Por fim vale frisar que é desconhecido o critério
de nomeação de valores que vem relatada em ambas
as publicações, aproximando-se mais do custo de
aquisição do cartão pelo autor do livro,
do que às características regionais de localização
de um cartão determinado.
O último e mais novo dos catálogos se é
assim que devemos chamá-lo, é talvez atualmente
o mais popular dos catálogos, inovou em agrupar os cartões
por operadoras (com diversas falhas por simples falta de observação
do código do verso dos cartões) e por séries
de cartões emitidos. Este formato permitiu ao colecionador
selecionar de forma mais organizada os cartões que lhe
faltavam, mas pecou num detalhe muito importante. A falta de
profissionalismo em sua execução, deixou de observar
que para que fosse mesmo um catalogo, ele deveria numerar seqüencialmente
os cartões de alguma forma, para que pudessem ser elaboradas
as mancolistas (listas de faltas). Tivemos assim uma excelente
idéia desperdiçada porque o custo para fazer um
catalogo como foi feito e ordenando-se os cartões em ordem
cronológica seria o mesmo.
Não devemos desconsiderar que os três catálogos
possuem pontos positivos e negativos e que a soma deles excluindo-se
as suas falhas resultaria em uma excelente publicação
em nível internacional e que apesar dos constantes problemas
ocasionados pela crescente emissões de cartões
brasileiros tornaria mais organizada as coleções
de cartões ou a localização de um determinado
cartão no tempo.
Um problema que foi causado pelas operadoras e que persiste
até hoje é a falta de divulgação
de informações sobre a data de entrada em circulação
dos cartões Telefônicos. Na Filatelia, os correios
de todo o mundo adotaram os editais como forma de marcar o início
da circulação dos selos. Ou seja, efetua-se uma
publicação que informa todos os dados técnicos
dos selos, e documenta-se os motivos que levaram à emissão
daquele respetivo produto, informando assim a data efetiva circulação
e numerando aquela emissão dentro do ano ou outra ordem
cronológica qualquer. A telecartofilia vem crescendo,
gerando lucros às operadoras mas nenhuma delas se preocupou
ainda com esse fato que fará parte constante e nossa conclusão
final como sugestão às Cias. Telefônicas.
Nosso trabalho começou a ser delineado quando iniciamos
a catalogação de cartões brasileiros em
nossa página na internet (http://www.colecionismo.com.br/cartoes/cartoes_brasil) visando atender a pedidos de mais de 50%
das consultas a nós formulado, querendo saber onde encontrar
uma lista atualizada de cartões Brasileiros emitidos o
que inexiste efetivamente nesse momento. Identificamos assim
alguns pontos que entendemos devem ser observados na elaboração
de catálogos, informatizados ou não:
1º. Os cartões devem ter a sua numeração
separada por operadora emissora do respectivo cartão telefônico
2º - A numeração s.m.j., deve ser reiniciada
a cada ano, acrescentando-se o ano à numeração
desse para melhor situar o cartão no tempo.
3º. Devem existir a opção de listas
descritivas sem as imagens dos cartões, visando criar
check list para organização da coleção.
4º. Precisam começar a surgir publicações
simplificadas em Preto e Branco visando baratear o custo de aquisição
dos catálogos.
5º. Haverá a necessidade em breve de surgirem
catálogos com classificação temática
dos cartões brasileiros emitidos.
Há assim a necessidade de que cada catálogo
ou lista, explique em sua abertura o critério que foi
utilizado para a ordenação dos cartões.
Longe de querermos criar uma padronização, daremos
aqui as justificativas que nos levaram à classificação
dos cartões que estão sendo disponibilizados na
página do colecionadores.
Com a ajuda dos estudos de nosso amigo José Marques
Barboza, situamos as emissões brasileiras em 4 categorias:
- Cartões de Pesquisa;
- Cartões de demonstração;
- Cartões Experimentais
- Cartões definitivos
Os dois primeiros deles não interessam para essa nossa
pesquisa e estarão devidamente descritos e identificados
no livro que esta sendo escrito pelo nosso amigo e editor da
Página dos Colecionadores José Marques Barboza.
O terceiro, que no nosso entender incluem todos os cartões
que apesar de emitidos regularmente e de serem alvo da maioria
dos colecionadores, trazem em seu verso a inscrição
"venda proibida" ( Como o exemplo do cartão
do congresso nacional), também não devem ser incluídos
em nossa catalogação e sim estarem dispostos em
capítulo à parte.
Assim nosso trabalho se concentrará nos cartões
definitivos, ou seja, aqueles que foram regularmente emitidos
e que independente de sua tiragem estiveram à disposição
do público por venda ou distribuição de
cortesia por opção da operadora ou comprador da
mídia.
Ainda para atingirmos as nossas conclusões, vamos relembrar
um pouco de nossa história recente e que redundou no atual
sistema privatizado das operadoras de telefonia. Dividimos assim
a nossa história recente em três fases: FASE NACIONAL,
FASE DE TRANSIÇÃO E FASE ESTADUAL.
FASE
NACIONAL
Nessa fase, que se iniciou em 1992, com o lançamento
do cartão do Hotel Tambaú a telebrás emitia
todos os cartões telefônicos e distribuía
para os Estados, muitas vezes de acordo com a motivação
temática e durou até junho de 1998 com o lançamento
do Cartão TV-Escola, que teve tiragens pela ABNC, CMB.
CSM e Interprint.
Temos a ressalvar que no início da fase que intitulamos
de nacional houveram algumas emissões motivadas por questões
meramente políticas, que trouxeram em ser verso a numeração
de Teles estaduais, muitas inclusive estampando o logotipo no
anverso, juntamente com o logotipo da Telebrás. Naquela
época as Cias telefônicas não possuíam
autorização para emitirem cartões, mas como
no verso a codificação traz o número da
Tele estadual, estes cartões entrarão como os primeiros
de cada Estado respectivo, outrossim, a presença do logotipo
da Tele estadual no anverso sem a codificação no
verso à Tele respectiva fará com que esse cartão
seja alocado na ordenação da Telebrás.
FASE
DE TRANSIÇÃO
Esta fase iniciou-se em meados de julho de 1997 (exemplo
Cartão Festival de Inverno de Campos de Jordão
Telesp 01), e veio a terminar em junho/julho de
1998, no oportunidade da privatização das operadoras
Estaduais de telefonia.
Nesta fase que está dentro da fase nacional, os cartões
eram emitidos com o logotipo da telebrás, mas traziam
no verso a numeração da Tele Estadual. Inclusive
por necessidade histórica estamos buscando cópia
da norma que autorizou as Teles a emitirem cartões com
a autorização da telebrás. Portanto para
efeitos de nosso estudo, prevalecerá a regra de que não
importa o logotipo do anverso, o que importa é a numeração
oficial do verso para separar os cartões por operadoras.
FASE
ESTADUAL
Após a privatização, cada Estado passou
a emitir seus próprios cartões, inclusive com o
seu logotipo, o início dessa providência variou
de Estado para Estado, a Telpe por exemplo iniciou o uso de seu
logotipo sem a expressão Sistema Telebrás, a partir
de agosto de 1998, com a série de signos; a Telesp passou
a utilizar o seu logotipo logo em julho de 1998, com a série
aves do Brasil. Um exemplo atípico era a Telesc, que desde
janeiro de 1998 já utilizava a sua logomarca juntamente
com a expressão sistema Telebrás, somente em setembro
de 1998, deixou de utilizar a expressão sistema telebrás
(Cartão do tele-atendimento besc).
Por fim no Estado de São Paulo, foi identificado um
problema na fase de transição para a TELEFÔNICA,
quando alguns cartões emitidos nos meses de novembro de
dezembro de 1998, trouxeram estampados no anverso a logomarca
da Telesp mas no verso a numeração de CTBCampo
(27), portanto estes cartões serão classificados
como sendo da operadora 27 (CTBCampo). Vale lembrar que com a
privatização a operadora CTBC deixou de existir,
permanecendo a empresa TELEFÔNICA com a numeração
01 atribuída às antigas Teles Estaduais.
AS
IMPRESSORAS
Ainda antes de definirmos as nossas conclusões, faz-se
necessário compreender a sistemática que cada empresa
impressora de Cartões Telefônicos, adota em geral
em suas linhas de produção. Atualmente temos 5
empresas impressoras de Cartões Telefônicos, assim
numeradas e classificadas: 01-CMB Casa da Moeda do Brasil;
02 ABNC American Bank Note Company; 03 Interprint;
04 CSM Cartões de Segurança Ltda;
e 05 ICE. Em 1992 houveram cartões emitidos pela
Empresa Thomas de La Rue, que foi incorporada pela ABNC.
CMB
A Casa da Moeda do Brasil sempre trouxe as informações
básicas, tendo como única alteração,
excluído o código da tiragem para detalhá-lo
por extenso, como pode ser observado nos exemplos acima.
Da esquerda para a direita, temos o ano e mês da autorização
de emissão; entre parênteses, no segundo caso a
tiragem do cartão por código 2J= 2.000.000; a sigla
PP propaganda própria, PT - propaganda de terceiros,
IT Institucional de Terceiros ou IP Institucional
Própria e o código da operadora; Após temos
a identificação do cartão, sendo 1 a emissora
(CMB), a abreviação do motivo do cartão,
a letra "B", identificando tratar-se de um cartão
de 20 créditos e o último número descrevendo
tratar-se da primeira ou Segunda tiragem; Após temos a
informação de que o cartão é o número
4 de uma série de 12; a logomarca e nome da casa impressora,
e como últimos números à direita, a semana
da fabricação do cartão e o mês e
o ano da efetiva impressão do mesmo. Note nos exemplos
acima que no segundo exemplo a autorização foi
dada em março de 1996 mas por se tratar de segunda tiragem
o cartão somente foi impresso em junho de 1996 . Nestes
casos consideraremos como sendo a primeira tiragem um cartão
e a Segunda tiragem outro cartão, inclusive com numeração
diversas para efeitos de catalogação.
ABNC
A ABNC, já fez algumas alterações no
lay-out básico das informações dos cartões,
além das informações acima, dadas à
CMB, que repetem-se notamos mais alguns dados.
Nos cartões emitidos até meados de 1994, tínhamos
como informações suplementares, à esquerda,
o dia da autorização para impressão do cartão.
No exemplo de novembro de 1994, notamos próximo à
numeração da direita a inserção da
expressão L1, que somado à informação
já continha no cartão, identificava o Número
do Lote de produção dentro da Semana, ou seja com
esta informação poderia-se classificar o cartão
dentro, do ano, mês, semana e dentro da própria
semana, mas lembre-se, somente dentro da própria empresa.
No último exemplo, além das mesmas alterações
verificadas no caso da CMB, notamos a alteração
novamente da logomarca da empresa e a foi acrescentado mais um
número, "1.5", antes do número do lote.
Desconhecemos o significado desta informação e
consultada a empresa não retornou nossos telefonemas.
Verificamos que a inclusão do lote dentro da semana
de fabricação contribuiu para que os cartões
da empresa pudessem ser classificados em ordem cronológica
quase correta.
INTERPRINT
A Interprint talvez seja a que mais tenha inovado em confundir
qualquer colecionador. O primeiro exemplo é o de 1993,
o cartão apelidado de Fome Amarela que não traz
qualquer informação em seu verso. No segundo exemplo,
já em 1994, temos as informações básicas
do lado esquerdo, inclusive com o dia da autorização
de emissão mas do lado direito total ausência de
informação quanto ao mês, ano e lote de fabricação.
De 1996 à 1998 a interprint seguiu o modelo adotado pela
demais, tendo em determinado período utilizado uma numeração
que as vezes trazia um asterisco do lado direito, que este autor
desconhece e por fim, agora em 1999, simplesmente aboliu todas
as informações constantes do lado esquerdo do cartão
e excluiu a semana de fabricação do cartão
o que impossibilita a mínima classificação
de seus cartões a partir de agora.
CSM
A CSM iniciou a produções de cartões
Telefônicos em maio de 1996, é a única empresa
que mantém em todos os seus cartões produzidos,
além das informações normais quanto à
emissão de cartões uma numeração
seqüencial que identifica a sua produção de
cartões, veja nos exemplos citados o primeiro cartão
produzido pela CSM retratando a cidade de Alcântara no
Maranhão.
Inclusive a relação de cartões produzidos
pela empresa relacionada numericamente encontra-se na Internet
no site da empresa (http://www.csm.com.br)
o que denota a preocupação com os colecionadores,
fato registrado porque nenhuma das outras empresas produtoras
de cartões telefônicos mantém serviço
similar. A única observação é que
após a privatização, a relação
de cartões produzidos pela empresa não informa
qual a operadora para quem o cartão foi produzido o que
dificulta a verificação da lista que está
na Internet, fato que a empresa já se comprometeu a resolver.
Assim, fica evidente as facilidades em se classificar cronologicamente
os cartões produzidos pela CSM, não merecendo qualquer
reparo.
ICE
A mais nova das empresas produtoras de cartões telefônicos,
iniciou as suas atividades em 1998, trazendo nos primeiros cartões
as básicas informações, que incluíam
a semana de fabricação do cartão, informação
que foi agora suprimida nas novas emissões como pode ser
verificado no cartão produzido em maio de 1999.
O fato comum é não se sabe na realidade se a
inclusão ou supressão de informações
dos Cartões Telefônicos tem sido uma determinação
das operadoras ou por conta própria das fabricas. O problema
é que está temeroso o futuro dos cartões
telefônicos brasileiros.
Soa como descaso a ausência de informações
que em nada oneram a emissão dos mesmos, muito pelo contrario
o acréscimo de informações denota interesse
da Operadora com o colecionador e valoriza sensivelmente o seu
produto, destacando assim o caráter educacional e de estudo
que sempre será desenvolvido sobre os cartões.
Como já disse anteriormente, longe de propor uma padronização
o que sugiro é que as empresas além de darem atenção
a seus departamentos de Marketing, dêem ouvidos aos colecionadores,
não se pode alterar a característica final de um
produto sem pesquisa efetiva junto ao público alvo.
Eu pergunto e aguardo resposta, quantos dos funcionários
envolvidos diretamente com a criação, produção
e comercialização dos cartões telefônicos
juntos as Cias telefônicas são colecionadores de
verdade?????. Para quem os cartão são produzidos.
Nunca é demais lembrar que o usuário compra o cartão
e o utiliza, fazendo com que a concessionária preste o
serviço embutido no produto, já o colecionador,
espalhado por todo o brasil, compra o cartão telefônico
e não o utiliza, em geral, gerando lucro líquido
para a operadora que vendeu um serviço e não precisou
prestá-lo.
A
ORDEM DOS CARTÕES
Bem ou mal, dentro desses nossos estudos, conseguimos classificar
os cartões telefônicos produzidos por cada uma das
Teles, utilizando-se ainda de um último critério,
quando uma mesma empresa produz vários cartões
Telefônicos em uma mesma semana e não possui o sistema
de classificação de CSM ou da ABNC (lotes), ordenamos
os cartões telefônicos por ordem alfabética
ou por outro critério lógico. Cito por exemplo
os Cartões da Litografia dos direitos do Homem, que ordenamos
por artigos. Ou ainda com as diversas séries emitidas
pela TELEMAR-RJ, que prudentemente cita no verso o número
do cartão dentro da série, aí desde que
todos produzidos ao mesmo tempo colocam-se os cartões
em ordem crescente dentro da série.
Quanto uma operadora emite cartões somente com uma
impressora como tem acontecido com a Telebrasília e a
Telegoiás ou a CRT, também não enfrentamos
problemas na classificação.
Nossa dificuldade começa a surgir quanto uma operadora
produz ao mesmo tempo cartões com diversas impressoras,
como no caso da TELEMAR-RJ ou a TELEFÔNICA, como determinar
a real ordem dos cartões quando todos emitidos dentro
de uma mesmo mês a ainda com a agravante que nem mesmo
a semana de fabricação esta mais sendo colocado
no cartão. Como dito a ausência de informações
no verso do cartão, denota que nenhum interesse educacional
há na emissão de cartões, restando somente
o lado comercial, nada temos contra isso, mas repito o que custo
para a operadora ter cuidado com detalhes que para ela nada significam
comercialmente mas que causam o caos na coleção
de seus potenciais clientes é praticamente nulo.
NOSSA
CLASSIFICAÇÃO
Assim, nosso trabalho de classificação dos cartões
telefônicos em nossa página na Internet levou em
consideração todos estes aspectos visando criar
uma ordem lógica e comprovada pelas informações
constantes dos próprios Cartões Telefônicos.
CONCLUSÃO
E SOLUÇÕES
A solução para esse problema é simples
e depende na nossa opinião é uma pequena modificação
na numeração dos cartões. É sabido
que realmente pelo novo perfil os códigos adotados antigamente
pela Telebrás não são mais necessários,
assim, todas as informações que ficavam à
esquerda dos cartões estão absoletas, no entanto
o mês da fabricação e o ano, são indispensáveis.
Acrescentaríamos apenas um número nos cartões
vejam o exemplo:
12-05/1999
Descreveríamos esse número com a seguinte indicação:
o "12", seria o número do cartão junto
àquela Operadora dentro do ano, após o mês
da Fabricação e por fim o ano em 4 dígitos
olha o bug do milênio aí...- As vantagens
deste sistema seriam inúmeras, vamos destacar:
O controle de numeração dessa forma é
por demais simples, uma simples lista controla isto, assim pouco
importa qual seja a impressora os cartões daquela operadora
poderiam ser identificados e ordenados cronologicamente conforme
a orientação da própria operadora.
Os cartões de mídia devem receber a mesma numeração
seqüencial.
A operadora poderia divulgar a lista periodicamente. Até
mesmo para efetivação de pedidos para aquelas que
vendem por correspondência o trabalho seria facilitado.
O colecionador poderia pela simples verificação
de um numero na seqüência dos cartões, determinar
que lhe faltam exemplares daquela operadora.
Os editores de catálogos teriam uma numeração
padronizada, restando a eles o trabalho de catalogação
de definição de preços.
Se a esta informação, sempre que houvesse uma
série fosse acrescentado a quantidade de cartões
que compõe a série o sistema tornar-se-ia permanente
e efetivo, padronizando a numeração de todos os
cartões brasileiros.
Assim, sob pena de perdermos toda a história da telecartofilia
brasileira pela falta do bom senso daqueles que emitem os cartões,
ficam as sugestões, que sabemos não dependem de
nenhum tipo de investimento ou modificações de
procedimentos e demonstrariam que as operadora de Telefonia,
que emitem cartões realmente estão preocupadas
com os colecionadores.
As dimensões territoriais de nosso País, e a
quantidade de emissões de cartões nos obrigam a
tomar medidas imediatas para colocar ordem nesse cenário.
Talvez este seja um dos pontos a serem levados em consideração
na EXPOBRATEL - Exposição Brasileira de Telecartofilia.
Em conversa que travamos com responsáveis em algumas casas
de impressão de cartões, notamos que a providência
depende apenas de vontade, bem como em conversa que mantivemos,
dando a idéias para algumas operadoras notamos a falta
de interesse em se implantar medidas que realmente beneficiem
os Colecionadores. Repito, isto pode não aumentar a busca
do lucro objeto das empresas particulares diretamente, mas certamente
agregará valor ao seu produto que ao longo do tempo poderá
ser localizado por qualquer colecionador iniciante daqui a alguns
anos, ou será que dentro de minha curta visão empresarial
as operadoras de Telefonia estão se esquecendo da pós-venda
como forma de obter o retorno do cliente..........
Não pretendo esgotar aqui o assunto, que fica aberto
à críticas e sugestões, bem como à
retificações à eventuais falhas que possa
ter cometido em minha pesquisa e às minhas conclusões
porque acho válido dar o pontapé inicial para a
solução de um problema que já aflige o colecionador
e compromete o futuro do colecionismo de Cartões Telefônicos
no Brasil.
Por fim é necessário lembrar que dentro muito
pouco tempo não haverá mais colecionadores que
possam obter todos os Cartões Telefônicos Brasileiros,
a temática como forma de colecionismo será inevitável,
mas corremos o risco de ficarmos sem fonte de consulta para montagem
das coleções. Acho que a existência de um
catálogo Brasileiro de Cartões Telefônicos
daqui a uns 5 anos será absolutamente impossível,
mas teremos iniciado a oportunidade de que estas publicações
surjam para cada um dos Estados, até mesmo comercializados
pelas próprias operadoras de telefonia de cada Estado.
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