Autor: José Marques Barboza

Emissões "menores"

A palavra 'menores' está entre aspas, no título, para chamar a atenção do leitor, para o seu duplo sentido!
Por um lado quero significar o número pequeno de peças emitidas ou a autorização para uma pequena emissão. Refiro-me às emissões de 10.000, 2.000 e até 1.000 cartões telefônicos.
Por outro lado, quer significar a "pequenez" de quem solicita a emissão de quantidade tão baixa.

Para um país com a extensão territorial como o nosso, que precisa de emissões de 2 a 3 milhões de CT com a mesma figura, pois consome 30.000.000 de CT por mês (o que já daria 10 figuras por mês...), parece brincadeira permitir uma emissão de 2.000 CT.
Quem autoriza, demonstra total ignorância em relação à Telecartofillia! Compreendo que a Tele não vai dar prioridade aos colecionadores, mas também é burrice demais, permitir que terceiros tenham mais lucros que a própria empresa.

Países adiantados aprenderam a usufruir do potencial que existe num conjunto de colecionadores: autorizam emissões proporcionalmente menores que as normais e ainda publicam boletins, catálogos, formam clubes, etc. A orientação e o estímulo aos colecionadores realmente trazem um retorno significativo, sem atrapalhar o bom andamento do serviço de telefonia pública.

"Menores" também são as consciências das pessoas que, aproveitando a ignorância dos dirigentes e também dos colecionadores, solicitam e financiam estas emissões. A maioria dos interessados conhece bem a manobra destes especuladores: compram toda a emissão, soltam por volta de 10% dos CT impressos, a preços muito elevados (já tiram o investimento) e depois vendem o resto a preço menor e que já é lucro. O que também tira a credibilidade dos comerciantes que venderam caro, devido às circunstâncias.

Muitos colecionadores ficam afoitos, ansiosos, à espera da última "novidade"! Afinal, para que serve, ter "hoje", por um preço muito alto, um cartão que poderá ser adquirido na próxima semana, por um terço ou menos, do valor pedido agora ?
E a empresa que anuncia, não está também praticando um ato insensato ? É claro que sim, pois se um CT de mídia é feito para divulgar um produto, quanto maior o número de CT, melhor !

Estudar é preciso

Como ocorre em muitos países, o numero de colecionadores de CT no Brasil está aumentando muito rapidamente. O que deve ser incentivado urgentemente, é o estudo da Telecartofillia. Os colecionadores serão altamente beneficiados se se interessarem pela parte "teórica" do colecionismo.
Em palestra pronunciada no 1º Encontro de Multicolecionismo em São Paulo, dezembro último, lembramos aos presentes (e... não eram poucos), que a FIP-Fédération Internationale de Philatélie, já publicou várias vezes, a sua "Relação de Emissões Nocivas" . Os selos enumerados nesta lista, ao invés de ajudar, atrapalham. Isto é, quando presentes numa coleção que participa de uma exposição competitiva, esta coleção perde pontos!

Aí está uma idéia a ser adotada na Telecartofilia, a partir dos próprios colecionadores, se negando a comprar este tipo de CT, os das "emissões nocivas".

Daí a minha insistência na formação de clubes locais de colecionadores, que poderão se filiar a entidades estaduais e estas serem agrupadas numa só Federação Nacional. Daí sim, haveria uma entidade reguladora com autoridade para estabelecer os parâmetros para a contagem de pontos numa exposição competitiva, onde se poderia excluir os cartões abusivamente emitidos.

Então, vamos deixar de ser bobos na mãos dos expertos? Vamos colecionar CT, seriamente ?

E então, vamos estudar Telecartofilia?

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