Encontros
Várias oportunidades tem sido oferecidas para que os
telecartofilistas se reunam e tenham chances para conhecerem
outros interessados e adquirirem novas peças para as suas
coleções.
Participando em reuniões deste tipo em Brasília,
Rio e São Paulo, tive oportunidade de rever amigos, fazer
novas amizades e conhecer vários comerciantes, que certamente
me ajudarão a melhorar minhas coleções.
Todavia, tenho observado que geralmente prevalece
o interesse comercial. Não discuto a utilidade
da presença dos comerciantes, que é realmente imprescindível.
Mas gostaria de ressaltar a necessidade da realização
de palestras, discussões e estudos sobre a organização
da telecartofilia no Brasil.
Tive a satisfação de proferir uma palestra no
último encontro em São Paulo (Jardim Botânico,
27/09/97), com um número surpreendente de participantes
- quase trinta pessoas - numa sala, para ouvir sobre o tema:
Porque e como colecionar cartões
telefônicos. Não perdi a oportunidade para reforçar
minha sugestão, apresentada em artigos publicados em 1993
(Boletim do C.F.N.D.F. em Brasília e na revista "Temática
- Filatelia e Cultura") que é a formação
de uma Entidade Nacional, que tente aglutinar
os interesses dos clubes locais, que por sua vez, trabalhem pelo
aprimoramento dos próprios telecartofilistas.
Outra sugestão (também apresentada anteriormente,
em artigo publicado em abril de 1995, na TeleCard Collector International
- Inglaterra) se referia à uma possível padronização
dos números dos CTs brasileiros. Isto facilitaria muito
a comunicação entre os colecionadores e entre os
colecionadores e comerciantes. Tenho mais de trinta listas de
CTs, fornecidas por comerciantes, colecionadores, leilões,
etc. Cada comerciante ou estudioso tem um número para
um determinado CT. Se seguíssemos o que está
escrito nos próprios CTs, teríamos uma
numeração padrão (e lógica), que
facilitaria muito a vida e o "trabalho" dos colecionadores.
E mais ainda, dos próprios comerciantes.
Mais um comentário na ocasião, foi a criação
de um regulamento, para a apresentação das coleções.
É evidente que cada um coleciona como quer, mas para cada
tipo de coleção (que foi um dos assuntos da palestra)
existem regras a serem adotadas. Assim como as coleções
filatélicas, a tradicional, a de história pPostal,
a temática, a de aerofilatelia, etc., tem suas características,
também na Telecartofilia devem ser seguidos certos ditames
que caracterizam cada tipo de coleção de CTs: universal,
por país, temática, por sistema, de estudo, etc.
Outra palestra foi realizada pelo colecionador Osmar Abilio
de Carvalho, de Brasília, que dissertou sobre a história
da telecartofia no Brasil. Apresentou também pontos polêmicos,
despertando muito interesse entre os presentes. O mais curioso
da realização das palestras em São Paulo,
foi a participação dos colecionadores presentes.
Muitas perguntas, muitas opiniões diferentes, o que prova
que a terra é fértil, merecendo portanto que alguém
plante. E certamente bons frutos virão.
Nos encontros desta natureza, é bonito observar o companherismo
contagiante que se cria, em virtude da afinidade de interesses.
Mesmo estando cada colecionador direcionado a encontrar peças
diferentes (um folder, um determinado CT, uma variedade, uma
série, etc.), todos estão irmanados num objetivo
comum, que é telecartofilia, considerada de diferentes
de vista.
Também para os comerciantes é uma festa, participar
dos Encontros, pois sempre ficam conhecendo novos clientes, fazem
amizade e negócios com outros vendedores, e com certeza
aprendem também mais um pouco do próprio ofício.
Também para eles seria muito útil a realização
de palestras, pois assuntos não faltam para aprimorar
a sua formação: noções de marketing,
código de ética, relações públicas,
etc.
Que os organizadores dos próximos encontros se esmerem
em proporcionar novos atrativos, com dissertações
oportunas e úteis aos aficionados do colecionamento de
cartões telefônicos. Assim, estarão colaborando
para o aprimoramento dos colecionadores e dando mais oportunidades
aos comerciantes.
Então, vamos estudar telecartofilia? Vamos colecionar
cartões telefônicos?
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